SAÚDE, UM NEGÓCIO.
Segundo Isabel Vaz, "o objectivo não é perder clientes, que até podem ir a outro lado".
Esta afirmação não agradará certamente à comunidade médica, se esse "outro lado" for Cuba, atentas as afirmações recentes do Director do Serviço de Oftamologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra, de que os doentes Portugueses deslocados a Cuba corriam sérios riscos, pois o país em questão era "tecnicamente atrasado". Só por ódio político se pode fazer uma afirmação tão grosseira e isenta de verdade!
Além de haver quotas de primeiras consultas, "porque os médicos têm de seguir outros doentes", ... "há quotas a nível global para cada cliente. Não podemos ter no hospital só doentes da ADSE", que já representa 20% do negócio.
Negócio?!!! Qual negócio?! A saúde?!
O estabelecimento de quotas justifica-se sobretudo porque "há movimentos no sentido de acabar com a ADSE".
Que movimentos? O governo? A comunidade médico-farmacêutica? As seguradoras?
Todo este discurso é hoje possível, porque os sucessivos governos mais não fizeram do que enfraquecer o papel do Estado no que concerne à defesa dos direitos mais elementares dos cidadãos (saúde, educação, habitação, trabalho). Hoje, falar da "saúde-negócio" é um lugar comum e o cidadão para mais não serve do que pagar impostos!
Maldito capitalismo!
2 comentários:
Não tarda que se lembrem e implementem a taxa de saúde para aqueles que não têm dinheiro para as farmácias, para as taxas moderadoras e para os transportes aos centros de saúde (táxi). Então como pelo cruzamento de dados não recorrem ao (SNS?) são saudáveis e por isso são privilegiados que usufruem dum bem "saúde" que deve ser taxada.
O capitalismo selvagem em acção, está aí... com muita propaganda que não chega aos calcanhares de Joseph Goebbels.
Um abraço
Rebola
Amigo Carlos,
isto está tudo feito para acabar com o SNS.
Nunca fui utente da ADSE, mas os direitos que tinham tendem a acabar. Não é por acaso que os funcionários do Estado, muitos deles já têm seguros de saúde, assim como a maior parte dos trabalhadores dos privados.
A saúde em Portugal, é mesmo um negócio, não duvide.
Abraço
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