quarta-feira, maio 30, 2007

GREVE GERAL

Hoje foi dia de greve geral, uma coisa que já não havia há cinco anos! E, mais uma vez, o governo e os patrões estão em desacordo com as centrais sindicais (neste caso só uma!) no que diz respeito aos números de adesão. Como regularmente, os números de um dos lados somados aos números do outro dão 100%, o Carvalho da Silva tem razão ao não divulgar os seus. É que o governo antecipou-se ao anunciar 12,8%. Perante este indicador facilmente se chega aos números da CGTP.

quinta-feira, maio 24, 2007

AI QUE RISO... AI QUE RISO!

"Ai que riso... ai que riso, vão a coisas do País". Este era um verso que o Badaró usava numa canção de um programa que ele tinha, há uns bons anos, na TV.
Primeiro vem um e diz que a "margem sul do Tejo é um deserto". Ora num deserto há beduínos e camelos. Tomando isso como permissa, este país é todo ele, um deserto: beduínos no poder, camelos a votar.
Depois vem outro, totalmente "démodé" (aquele que veio reivindicar aumento de vencimento para os deputados, coitadinhos que andavam rotos, descalços e com fome...) lembrar uma coisa que está na moda: o terrorismo.
Que eu saiba, os terroristas não "dinamitam" pontes, mas sim edifícios, aviões... Mal estaria qualquer habitante deste mundo, que morasse do outro lado do rio.
E portanto: Ai que riso... ai que riso!
Como aquela anedota do menino Carlinhos: Sabe Sra. Professora, lá em casa como somos pobrezinhos e não temos televisão, o meu pai peida-se e a gente ri-se!
Por cá, os gajos peidam-se e a gente vai-se rindo... por enquanto!

PROVAS DE AFERIÇÃO

As provas de aferição a que estiveram sujeitos, anteontem e hoje, os alunos dos 4º e 6º anos de escolaridade, não contam para nota (?!!!). Servem apenas, para o Ministério fazer um diagnóstico dos conhecimentos adquiridos pelos alunos às disciplinas de Português e Matemática.

Se não contam para a nota final, não terá o Ministério outra maneira de fazer o tal diagnóstico? É necessário fazer passar crianças com idades compreendidas entre os 9/10 e os 11/12 anos, pelo "stress" de um exame nacional, sem terem sequer direito ao aproveitamento obtido nesses exames? O resultado desses exames não se tranformará, única e simplesmente, em dados para os milhares de estatísticos deste país terem acesso fácil? (Sabemos que é para isso e muito mais!!!)

Se assim for, e deixando de lado outras consequências, não estaremos perante um caso de mão de obra barata e exploração do trabalho infantil?

Há décadas que se fazem diagnósticos no sector da educação, tendo o seu resultado indicado que os alunos Portugueses são os piores da Europa, senão do mundo, a Matemática, já que a Português não há dados para comparar! Depois deste diagnóstico espera-se que o Ministério encontre o "medicamento" ajustado! E, que esse "medicamento" não tenha contra-indicações, porque de estatísticas, já estamos fartos! E de idiotices, também!

terça-feira, maio 15, 2007

QUEM FICA COM AS MAIS VALIAS?

Quem compra uma casa, a usa durante cinco, dez, vinte ou mais anos e a vende para comprar outra maior ou melhor (porque para melhor muda-se sempre) está sujeito (condenado) ao pagamento das ditas mais valias. Porquê? Porque vendeu, por um preço superior ao da compra (regra geral). Então, a diferença entre o preço de venda e o preço de compra é considerada "mais valias" e, por isso, taxada pelo Estado.

Mas vamos ao fundo da questão, com um exemplo que é a base de milhares, senão de milhões de casos: A casa (apartamento) foi comprada com recurso ao Crédito à Habitação (o que, actualmente, está ao alcance de uma pequena minoria). Custou 80.000€ há uns anitos e, o banco, como eu sou um "tipo porreiro" fez-me um "spread" baixo e aplicou-me uma taxa de juro anual de 3,15%, indexado à Euribor a três meses (porque o juro está a subir. Se estivesse a descer, como eu sou um "gajo porreiro" o banco aconselhava-me a euribor a seis meses) e emprestou-me o dinheirito na totalidade, porque eu sou um "gajo porreiro".

Fiquei encantado da vida porque consegui um empréstimo que nem toda a gente consegue e o banco até me deu "facilidades"!
Ao fim de cinco anos preciso de mudar de casa e então consigo vender o apartamento por 90.000€ (a casa desvalorizou mas a inflacção deu uma ajudinha). Fazendo as contas: tirando o preço de custo (80.000€) ao da venda (90.000€) dá um lucro de 10.000€. Contas fáceis! É a este lucro que se chama "mais valias". Tenho que as declarar no IRS e pagar à volta de 750€ de imposto (mais ou menos... coisa pouca). Entretanto, o banco já me penalizou em mais 3% sobre o restante capital em dívida que eu amortizei (não cumpri o contrato do empréstimo que era de 25 anos).
E agora vem o mais sério: Enquanto eu estive cinco anos a usufruir do apartamento estive a pagar os juros acima referidos (Então? Tínhamo-nos esquecido?). Feitas as continhas, paguei de juros ao fim destes cinco anos, 11.788,23€. Espantoso! E eu que tenho o "privilégio" de ter direito ao crédito!

Então que pôrra é essa das mais valias? Então que merda de lucro é que eu tive para ter que pagar os 750€ que somados aos 11.788,23€ dos juros dão um total de 12.538,23€? Tirando os míseros 10.000€ (as mais valias) chego à conclusão que nem tenho casa nem dinheiro para dar de entrada para outra! Andei cinco anos a ser espoliado! Fiquei com saldo negativo de 2.538,23€! Fui roubado e estou na rua!

No entanto continuo a ser um "gajo porreiro" e a ter direito ao crédito! Formidável!

quarta-feira, maio 02, 2007

LEI ANTI TABACO

Concordamos plenamente com a nova "lei anti-tabaco"! Há acima de tudo, que preservar a saúde das pessoas. Agora conseguimos entender a perspectiva do Governo: não serão necessários hospitais e centros de saúde se cortarmos o mal pela raíz. Faz-se uma lei contra determinado hábito, vício, produto ou substância causadora de doença e já está, damos mais uns anitos de vida ao contribuinte e temos o pagamento dos impostos garantido. Além disso, como o pobre coitado não bebe, não fuma, nem f*** é um indivíduo saudável e por isso não necessita de cuidados de saúde, não é?

Já quem parece não estar de acordo é aquele "rapaz" alto e loiro que faz uns comentários na TV privada e que dizem é também escritor (de autores portistas só conhecemos a Carolina Salgado), dando-se ao desplante de afirmar que "a praga dos restaurantes são os miúdos". Abstemo-nos de fazer qualquer comentário, tal como fazemos com os seus livros, porque não os lemos. Ignore-se!

Mas voltando à lei anti tabágica, queremos dar um contributo ainda maior para a saúde dos portugueses propondo um decreto-lei que proíba a entrada em locais públicos fechados, àquelas senhoras que fedem a perfume barato e que nos deixam quase bêbados e mal dispostos logo de manhã. Que tal? Já agora que estão com as mãos na massa...