terça-feira, setembro 04, 2007

A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR

"A César o que é de César e a Deus o que é de Deus". Quando Cristo respondeu com esta frase àqueles que o interrogavam se era seu dever pagar os impostos a César, certamente lhes quis fazer entender que o que é "material" deve estar separado do que é "espiritual".
Vem isto a propósito do profano e do religioso. Estes dois conceitos confundem-se no tocante à celebração das Festas que proliferam por esse mundo inteiro. Em Portugal, quase não há festa que não tenha nome de santo agregado! Sendo essas festas, ou parte delas na maioria dos casos, de cariz profano, porquê invocar o nome de um santo para a sua realização? Não será melhor fazer a "festa da cerveja", a "festa das vindimas", a "festa da primavera" e deixar as festas religiosas confinadas aos lugares de culto?
Vivemos numa sociedade plural e dessacralizada em que a separação entre o "profano" e o "religioso" beneficia não só a democracia como o exercício da liberdade religiosa. Estes dois conceitos (democracia e liberdade religiosa) são, indissociáveis. Não é possível existir o segundo sem o primeiro. Mas há ainda, quem não perceba isso!

1 comentário:

Rato disse...

A coisa complica-se!
Democracia, será mesmo? Liberdade Religiosa, será mesmo?
Ora bem, vejamos!
A crer pela reacção dos mouros na Dinamarca e na Suécia, quem diria que a norte das antas há mouros, liberdade sim se for a nosso favor, senão ditadura, até aqui eu concordo.
Democracia, o governo da arraia-miúda? só se for para dar vivas ao Senhor Presidente, recomendo a leitura da Constituição, está lá explicado como é que a coisa funciona.
Profano versus religioso, profano, só que a igreja cola-se. Se a malta viver mais uns anos, ainda dá para ver a igreja a apadrinhar a festa da Quinta da Atalaia!