AVALIAÇÕES DO MÉRITO
Ontem, fiquei a saber que as avaliações do mérito na Função Pública, têm os seguintes parâmetros:
- Excelente, muito bom, bom e "esperado e adequado".
Isto foi dito na TV por um senhor que não conheço, mas que me parece ser alguém com responsabilidade na matéria. É um senhor com tiques e um penteado e óculos esquisitos, que me faz lembrar aquele que "casou" com uma americana, já velhota, mas que está podre de dinheiro e viaja sempre com malas cheias de jóias. É esse mesmo, tem um nome parecido com uma cidade. Bom, mas isso não interessa para o caso. A gente põe-se a falar e até se esquece do assunto principal.
Dizia eu que a Função?... ah, já me lembro! "Esperado e adequado". Então a que é que corresponde esta nota? Desconfio que estará acima de Excelente. Se vai haver cotas para o Excelente e para o Muito Bom, onde é que se irão sentar os "boys"? Está-se mesmo a ver! No "Esperado e adequado".
3 comentários:
Gosto particularmente da avaliação "esperado e adequado"... isto quer dizer exactamente o quê? Que se espera incompetência da Função Pública? E que esta atitude é adequada?! Deve ser isso, porque, a julgar pela escala de avaliação, não há gente "medíocre" a trabalhar na Função Pública e, se assim é, estamos a falar de um país que eu não conheço, de certeza... ;) Estas escalas de avaliação são, realmente, muito esclarecedoras... :s
Ahaha! De facto, uma país que não conhecemos... Também acho piada à avaliação de relatórios críticos a serem elaborados pelos professores acerca da sua actividade durante o ano lectivo: suficiente e insuficiente. Ou é razoável ou é mau o trabalho que fizemos durante o ano. Muito redutor...
O problema desta escala de avaliação é que vai do 10 ao 20, do 50 ao 100. Podia ir do 8 ao 80, mas não vai. Ora isso cria um problema, não resolve o que é suposto resolver, avaliar. Assim o pessoal seleccionado para despedimento terá que o ser de outro modo. Por exemplo, à moda da RTP, ai foste para tribunal, queixinhas, agora não recebes o prémio de desempenho (deve ser este o nome, mas para o caso pode ser outro qualquer). Ou à moda do fisco, vocês enganaram-se e cobraram dinheiro a mais, ai é, agora vamos-te espiolhar as contas bancárias, vamos descobrir que és um teso, que não tens dinheiro, mas, se não queres isso, bico calado. Desculpem lá, mas é que ando a ler o Don José Saramago, e isto das vírgulas é influência do Mestre.
Mas voltemos à escala. adequado, significa que está adaptado, que é suficiente para a função. Numa altura em que falar de eficiência energética é um “must” esta classificação deveria só ser atribuída a funcionários da Classe A, aqueles que, no dizer de um algarvio meu conhecido e referindo-se ao trabalho “poucas mas bem dadas”.
Esperado, se algo que esperamos acontece, só podemos ficar contentes com isso.
Bom, muito bom e excelente, superlativos (não sei se a TLBS - Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário, ainda admite esta designação) usados por quem não é do povo. Você é bom Dr., não o senhor é que, não não o senhor é que é, ...
Não encontro os graus, insuficiente, mau, péssimo, execrável, abominável, perfeitamente aplicáveis a dirigentes e seus fiéis acólitos.
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