SALTIMBANCOS DA POLÍTICA
Durante a campanha eleitoral para as eleições autárquicas, os "Saltimbancos" demonstraram a sua habilidade e facilidade em "virar a casaca" em troca de uns "favorzecos", coisa pouca. O partido que dizem estar-lhes mais próximo jamais lhes poderá proporcionar tal anseio, uma vez que está mal posicionado para ganhar. Vai daí, o "Saltimbanco" corre ao outro lado da barricada a oferecer os seus préstimos (inclusão na lista) em troca de umas "benessezitas sem importância". Não que essa inclusão na lista lhe garanta o convite para o próximo festim do porco assado no espeto, mas porque é sempre melhor ser a favor do que contra. O "Saltimbanco da Política" é pródigo em falta de princípios éticos, de coerência e de respeito para consigo próprio. É invejoso, traiçoeiro e cínico. Ri-se muito quando não entende uma boa anedota. Só consegue enxergar ao perto.
Por outro lado há aqueles, que fiéis ao seus princípios, coerência e ideais são firmes, solidários e conscientes. É a estes últimos que eu quero dedicar este poema de Sophia de Mello Breyner Andresen:
Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão
Porque os outros têm medo mas tu não
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão
Porque os outros se calam mas tu não
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo
Porque os outros são hábeis mas tu não
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos
Porque os outros calculam mas tu não.
3 comentários:
"Panis et Circus" a politica da Roma antiga, praticada hoje, distribui-se o "pão" à entrada do "circo" onde quem recebeu o pão o vai pagar enfrentando os leões sempre famintos.
"Não há almoços grátis" a fome de tudo é saciada no menu poético oferecido por Sophia.
Abraço
Rebola
Ia falar a mesma coisa que o Carlos Rebola disse e assino embaixo das palavras dele.
Abraço.
Tal e qual!
Abraço
manel
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