ABSTENÇÃO OU ABSENTISMO?
Depois de fazer um ligeiro estudo sobre as eleições de Domingo passado consegui alguma inspiração para escrever este post. Fui ao dicionário de Língua Portuguesa e constatei o seguinte:
- Abstenção: privação ou desistência voluntária de um direito político ou social.
- Absentismo: hábito de não comparecer, de estar ausente.
Ora, a “abstenção” rondou os 62,5%, dizem as fontes. Então e os votos brancos elegem quem? Não será melhor introduzir um novo termo eleitoral: o absentismo? O que houve na realidade foram 62,5% de absentistas, não de abstencionistas. Quem se abstém vota em branco, ou não será assim? Também reparei que dos 37,5% que foram às assembleias de voto, 11,98% votaram em branco ou em partidos que não elegeram qualquer deputado. Restam 25,52% de votos úteis, que elegeram 22 deputados. 1,16% para cada deputado. Parece que o método de Hondt está a falhar!
Mais de 70% dos Eleitores Portugueses, abstencionistas e absentistas, estão-se “borrifando” para estes políticos.
Alguns pugnam pela mudança da lei eleitoral. Cheira-me a mais uma perda de direitos! Não estarão os políticos a preparar-se para culpar os eleitores (um presidente de um partido já o fez perante as câmaras de TV) pela fraca prestação deles próprios?
Há países em que o voto é obrigatório. Se é obrigatório é um dever, não é um direito! Além disso, quem não votar perde outros direitos como o acesso gratuito a determinados serviços públicos. É isto que se está a “congeminar” para Portugal? Não há bons exemplos que se possam importar, se é que é preciso importar?
Longe vai o tempo das Sessões de Esclarecimento! Há inclusivamente políticos que nem sabem o que isso é. Era nessas sessões de esclarecimento, junto dos eleitores que se apresentavam os programas. Ups… eu falei em programas? Quais programas? Parece que até eu estou equivocado!
- Abstenção: privação ou desistência voluntária de um direito político ou social.
- Absentismo: hábito de não comparecer, de estar ausente.
Ora, a “abstenção” rondou os 62,5%, dizem as fontes. Então e os votos brancos elegem quem? Não será melhor introduzir um novo termo eleitoral: o absentismo? O que houve na realidade foram 62,5% de absentistas, não de abstencionistas. Quem se abstém vota em branco, ou não será assim? Também reparei que dos 37,5% que foram às assembleias de voto, 11,98% votaram em branco ou em partidos que não elegeram qualquer deputado. Restam 25,52% de votos úteis, que elegeram 22 deputados. 1,16% para cada deputado. Parece que o método de Hondt está a falhar!
Mais de 70% dos Eleitores Portugueses, abstencionistas e absentistas, estão-se “borrifando” para estes políticos.
Alguns pugnam pela mudança da lei eleitoral. Cheira-me a mais uma perda de direitos! Não estarão os políticos a preparar-se para culpar os eleitores (um presidente de um partido já o fez perante as câmaras de TV) pela fraca prestação deles próprios?
Há países em que o voto é obrigatório. Se é obrigatório é um dever, não é um direito! Além disso, quem não votar perde outros direitos como o acesso gratuito a determinados serviços públicos. É isto que se está a “congeminar” para Portugal? Não há bons exemplos que se possam importar, se é que é preciso importar?
Longe vai o tempo das Sessões de Esclarecimento! Há inclusivamente políticos que nem sabem o que isso é. Era nessas sessões de esclarecimento, junto dos eleitores que se apresentavam os programas. Ups… eu falei em programas? Quais programas? Parece que até eu estou equivocado!
3 comentários:
Caro amigo Arnaldo,
quando falo em "voto obrigatório" quero dizer da obrigatoriedade de participar nas eleições, ou seja não faltar ao dever cívico de eleger. No entanto, a obrigatoriedade do acto implica a perda de, pelo menos um direito: o direito de não paricipar, de não votar. Com o voto obrigatório, os eleitores, recenceados automaticamente, têm que justificar a falta para não perderem outros direitos cívicos, ou então pagam uma coima, não é assim? Discodo contigo: se o voto for obrigatório, remete os "elegíveis" cada vez mais para o seu pedestal. É urgente fazer baixar os políticos ao nível da esmagadora maioria dos eleitores: o povo! Por outro lado com o "voto obrigatório", mesmo que o povo vote em branco haverá sempre eleitos, porque o que conta são os votos válidos, o que é uma autêntica aberração da democracia.
Abraço.
Tambem é obrigatorio a lei ser igual para todos os cidadãos em Portugal e isso não se passa,é uma pouca vergonha a corrupção instalada no nosso país.Logo,sendo assim nada é obrigatorio,nada nos podem obrigar,nada nos podem julgar.Querem ter legitimidade têm que a ganhar e para isso ser homens honrados,caso contrario podem ir mamar na quinta pata do cavalo.
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