No Domingo passado, a TVI embandeirou com pompa e circunstância o regresso do Professor Marcelo àquela estação. Fala-se num "share" de um milhão e meio de "parolos", eu incluído, que assistiu a uma conversa híbrida que nem atou nem desatou, aliás como convém aos fazedores de opinião pagos para influenciar a plebe. Falou-se de crise, de estado social, de aumento de impostos e escondeu-se a realidade e a crueza dos números quando se refere que o governo aumenta o IVA em 1% em todas as categorias. Nada é mais falso! De um catedrático que tudo sabe, esperava-se a verdade nua e crua. E a verdade é que o IVA aumenta, somando o conjunto das três categorias, a aberrante percentagem de 33,33%. Nem mais! E o fardo mais pesado recai sobre os produtos de primeira necessidade.
Façamos as contas!
IVA a 5% aumenta para 6%: Ora se 5% corresponde à totalidade (100%) deste imposto sobre os bens essenciais, 6% equivale a 120%. Há aqui um aumento efectivo de 20%.
IVA de 12% aumenta para 13%: Pelas contas feitas anteriormente o aumento real é de 8,33%.
IVA de 20% aumenta para 21%: Do mesmo modo, aqui o aumento real é de 5%.
Analisando a crueza dos números, verifica-se que os bens de 1ª necessidade, aqueles que são necessários à sobrevivência (pão, leite, etc.) são os mais penalizados (20%) enquanto que os bens de luxo só acessíveis a alguns, sofrem um aumento em IVA de 5% . Que injustiça! Continuam a ser sempre os mesmos a pagar a crise!